27 de janeiro de 2009

FILME PORTUGUÊS: VENENO CURA - estreia

...no limite do amor. O amor absoluto...


O cinema portugues a dar-nos cada vez mais razões para sairmos de casa e procurarmos uma sala de cinema próxima.




"São cinco as histórias de amor contadas por Raquel Freire no filme Veneno Cura, no regresso da realizadora à cidade do Porto. A película retrata a capacidade humana de não ter medo de amar e de ser amado e do risco de partir em busca de sonhos.Eis o motivo da minha paragem nesta história de cinco personagens que estão entre os 25 e os 30 anos e que chegaram a uma altura da vida em que estão presas entre aquilo que sonharam ser e aquilo que a vida fez delas.
Veneno Cura conta histórias de amor impossíveis, imorais, politicamente incorrectas, socialmente inaceitáveis. As personagens de Raquel Freire são completamente humanas, mas não têm medo de assumir a necessidade que todos têm de amor, de serem amados e de amar.
Numa época em que se tem tanto medo, ninguém quer ser vulnerável, onde mostrar essa capacidade de amar é tido como um sinal de fraqueza, achei importante trazer este filme ao Circo.
Em Veneno Cura todos correm riscos inerentes, passam por todos os estados como o medo, a angústia, o ciúme, o ódio, a dor profunda de não ser amado, de não ser correspondido. Já não têm 18 anos. Agora é a valer...
No filme as personagens têm coragem de romper e de arriscar, de tentarem ser felizes. Fazem sempre tudo errado, são anti-heróis. Vão sempre por linhas tortas, são pessoas que têm coragem emocional de se expor, de arriscar, de viver e de não morrer.
É curioso que mais uma ficção trate de mais uma realidade. Às vezes observando a vida concluo que a maior parte das pessoas morre emocionalmente aos 20 anos. Têm uma máscara cinzenta à frente e deixam de sentir, passando a cumprir funções. Ou casam e têm filhos ou são empregados ou são patrões. Normalmente vivem tristes e sozinhas.
O filme só estará pronto em Novembro e qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência. Mas o filme de Raquel Freire espreitou a minha filosofia de vida, também nunca tive medo de me expor, nunca aceitei andar escondida... por isso há jogos que me cansam... tanto... que às vezes acredito que desisti. Perhaps apenas mais outra ficção... na vida real."

Texto no blog CIRCO-VOADOR( http://circo-voador.blogspot.com/2006/04/veneno-cura-o-medo-de-amar.html) inspirado na entrevista que Raquel Freire deu ao jornal Metro
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