Durante a gravidez o corpo da mulher sofre diversas transformações para se adaptar a uma nova vida que cresce dentro dele ( ganho de peso, alterações hormonais, cardíacas, respiratórias, etc..). Estas alterações terão grande impacto na vida familiar, profissional e sexual da mulher.
Psicologicamente, é vivido durante a gravidez um momento de transição, onde ocorre a elaboração de mecanismos adaptativos às mudanças do papel social ( filha/ esposa/ mãe), do relacionamento familiar e afectivo e da própria identidade. Esta transição poderá ser mais ou menos sofrida de acordo com a história de vida .
A sexualidade na gestação modifica se por diversos motivos: alterações corporais, preconceitos da grávida, do parceiro e dos familiares, despreparo dos médicos com relação a orientações sobre sexualidade durante a fase pré natal, medo de afectar o bebê durante o acto sexual, insegurança em relação a auto- estima., e por inúmeras outras causas que deveriam ser discutidas mais abertamente pelas mulheres, até mesmo antes de engravidarem.
O desejo sexual poderá estar diminuído, principalmente no início da gestação quando há mais náuseas, tonturas e ansiedade. A frequência de relações sexuais também poderá ser menor e a lubrificação vaginal estará alterada .
É frequente a queixa de dor , em primeiro lugar, pela alteração na lubrificação e depois porque, ao chegarem ao orgasmo, percebem as contracções uterinas, e esta percepção pode se tornar exacerbada quando associada ao medo de afectar o bebé dentro do útero.
É muito importante que a gestante divida com seu médico e com seu parceiro, todas as dúvidas sobre sua sexualidade, pois ela pode modificar se muito na gestação, entretanto todas estas mudanças poderão ser contornadas se houver diálogo, cumplicidade e afecto.
