6 de maio de 2008

TEXTO MUITO IMPORTANTE A DETERIORIZAÇÃO DA VIDA ERÓTICA





Tenho de continuar a agradecer a todos os que fazem deste blogue um sitio especial de esclarecimento e de informação. Desta vez apresento um texto integral da Dra Maria Lúcia Badalotti Tavares, Psicóloga Especialista em Sexualidade Humana de nacionalidade Brasileira que amavelmente me cedeu alguns dos seus artigos.
Coloco integralmente aqui este texto da colega para que reflictam numa temática que está muitas vezes na base dos problemas dos casais que me procuram...a DETERIORIZAÇÃO DA VIDA ERÓTICA


Alguns de vocês certamente já se perguntaram: O que leva alguns casais com orientação heterossexual a buscar atendimento psicológico queixando-se da sexualidade? Por que um casal que aparentemente “se ama” não consegue satisfazer-se sexualmente com o seu parceiro? Que causas podem ser essas? O que fazer perante a deterioração da vida erótica?
Deterioração é entendida aqui como uma relação que se danificou, adulterou ou arruinou independentemente do tempo que está relação possa ter.
O Erotismo, ou vida erótica do casal está vinculado aos conceitos de amor sensual e físico, desejo sexual e paixão. Porem sabemos que homens e mulheres são diferentes na sua forma de expressar a eroticidade e a afectividade. Essas diferenças são misteriosas, dramáticas e até mesmo radicais. Estudos e pesquisas mostram que, os homens buscam mais os apelos eróticos ligados ao visual como revistas e filmes pornográficos, ou seja, a sua excitação sexual é mais voltada às formas femininas. Já as mulheres buscam as leituras, de reportagens em revistas que falam sobre histórias amorosas, sessão de moda e beleza, de ginástica, decoração, coluna social. Os livros de histórias românticas, vista pelos homens como leituras água-com-açúcar são apreciados também pelas mulheres. Portanto o feminino está mais voltado aos sentidos táteis, auditivos, olfactivos e ao romantismo do que propriamente ao visual.
Estas diferenças por vezes podem atrapalhar a sexualidade do casal quando não for bem administrada e compreendida. As diferenças de género podem ser vistas por alguns casais como desigualdades que prejudicam a relação, e com isso levar o casal a ter uma vida sexual mais limitada ou até mesmo desprazerosa. Porem, poderiam ser usadas a favor da relação não é mesmo?
As chamadas causas imediatas das disfunções sexuais geralmente se originam num ambiente antierótico, criado pelo próprio casal e destrutivo para a sexualidade de um ou de ambos. Algumas situações podem ser citadas e servirem como alerta para quem estiver passando por um momento assim em sua relação afectivo sexual. São elas:
O casal evitar ou não conseguir ter um comportamento sexual que seja excitante e eficiente para os dois.
O medo de fracassar em sua resposta sexual (mulheres com dificuldade de obter orgasmo no ato sexual, dores durante o coito e homens com dificuldade de ter e manter uma erecção suficiente para o ato sexual, bem como, ejacular precocemente) são factores que estão directamente vinculado ao ato sexual e a ansiedade, prejudicando a resposta sexual do casal.
A preocupação exagerada em satisfazer sexualmente o outro, esquecendo-se de si próprio. Esta questão tem sua fonte ligada directamente ao medo de rejeição e a ansiedade.
A tendência a criar defesas intelectuais ou perceptivas contra o prazer erótico.
A falha do casal na comunicação adequada dos seus verdadeiros desejos e sentimentos frentes a sua sexualidade e a do outro.
A não expressão das fantasias sexuais por medo de ser mal interpretado ou rejeitado.
A rotina sexual.
Não ceder jamais aos apelos sexuais do outro.
Ignorância quanto a como funciona a Resposta Sexual Humana.
Incompatibilidade sexual.
Falta de amor, cumplicidade e tolerância.
Segundo Michael V. Miller, quando o amor, como a política falha, o que sobra é o desejo não de mudar ou persuadir o outro, mas de desmoralizá-lo, ele ou ela, para ficar por cima, transformando a relação numa disputa de poder. Como exemplo poderemos ter. O Bom e o ruim. O forte e o fraco. O que sabe e o que não sabe. O que tem prazer e o que não tem...
Estas fontes de mecanismo de defesa e ansiedade contra os sentimentos sexuais podem resultar, na incapacidade dos casais de dar e receber afecto e prazer, e com isso deteriorar a vida erótica.

O que fazer diante desta situação?

Aqui vão algumas dicas para enfrentar esta situação que causam certamente na relação do casal desgostos, infelicidades, magoas, raiva, baixa do desejo sexual e podem levar algumas vezes ate a infidelidade conjugal.
Enfrentar o medo de fracassar procurando ter um comportamento sexual que agrade a si próprio e o outro, sem, contudo criar uma situação constrangedora para ambos.
Experimentar prazer sem culpa, medo, rancor ou disputa.
Falar o que gosta e desejaria na hora do sexo.
Falar o que não gosta e não desejaria sem, contudo ofender ou magoar o outro.
Surpreender o outro saindo um pouco da rotina.
Expressar as fantasias.
Permitir-se abrir a novas experiências sexuais com o parceiro.
Para que a pessoa consiga “funcionar” bem com sua sexualidade é necessário se permitir viver à experiência erótica sem muitas regras, alem disso, é importante o abandono temporário do controle de si e do ambiente. Vergonha nessas horas geralmente só atrapalha. Afinal o parceiro que você escolheu para dividir o seu prazer deseja te ver satisfeito sexualmente? Ou não?
Um ambiente de franqueza, confiança, aceitação, amor e respeito são indispensáveis para que o casal consiga e permita-se abandonar inteiramente à experiência erótica. Analisando estes factores cabe a cada um se perguntar: E a minha vida sexual a que pé anda?
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