16 de novembro de 2008

O CLITORIS




Parece-me importante escrever sobre os temas que me propõem quando me escrevem, pelo que agora é tempo de voltar a falar de CLITORIS...


"Antigamente, acreditava-se que o clitóris era aquele pontinho difícil de achar que ficava entre os lábios menores da vulva, logo acima da abertura da uretra. Aquele ponto é na verdade a glande do clitóris, uma área extremamente sensível da vulva.

O clitóris era considerado tão pequeno e misterioso, que muito se escreveu sobre como encontrá-lo. Alguns achavam que melhor do que achar o clitóris, era encontrar um igualmente misterioso ponto G, que ficaria dentro da vagina.

No começo do século XX, acreditava-se que a mulher adulta e madura, normal, só poderia ter orgasmos através da vagina, através da estimulação (roçar) do movimento do pénis. Dizia-se que a mulher que tinha orgasmo através da estimulação clitóris era anormal e problemática.

Se mesmo estimulada da maneira que se achava "correcta" a mulher ainda não atingisse o orgasmo, haveria até uma cirurgia inventada para aproximar o clitóris da vagina, como se a natureza tivesse errado a pontaria e colocado o clitóris de algumas mulheres no lugar inadequado. A cirurgia, claro, não funcionou.
Fonte: The Myth of the Vaginal Orgasm BY ANNE KOEDT (1970)


Hoje sabe-se que o clitóris é fácil de encontrar: ocupa quase toda a vulva, a parte da frente da vagina, uma parte em volta da uretra e uma parte do períneo (espaço entre a abertura da vagina e a do ânus), além de ter ramificações para a raiz das coxas. Actualmente considera-se que temos um “sistema clitoridiano” que conta com 18 estruturas anatómicas distintas.

A parte do clitóris que fica mais evidente e para fora (glande do clitóris) é extremamente sensível. Embora bem menor em tamanho que a glande do pénis, a glande do clitóris tem 4 vezes mais terminações nervosas.
Fonte: Chalker, R. A verdade sobre o clitóris


Muitas mulheres não gostam de uma manipulação directa da glande se feita sem a devida delicadeza, pois a área é tão sensível que a estimulação com força pode até ser dolorosa.


Dica: é importante falar para o(a) parceiro(a) sobre como quer ser tocada, pois o(a) parceiro(a) pode vir com a melhor das intenções e não fazer o que você prefere, e até provocar dor.
Se você não disser o que gosta, como a outra pessoa vai adivinhar?


Muitas mulheres preferem a estimulação suave, outras gostam de mais vigor, umas de um toque contínuo, outras preferem um “pisca-pisca”. Conversando é que nos entendemos, não é?


Fique Amiga Dela - Dicas para entender a linguagem de suas partes mimosas
Autora: Simone Diniz - Coletivo Feminista Sexualidade e Saúde
Fonte: www.mulheres.org.br/fiqueamigadela




Segundo Masters and Johnson, a função do clítoris é a de servir como receptor e transformador de estímulos sexuais, para isso ele possui uma rica inervação.
Durante a fase de excitação, a glande aumenta de volume em virtude da vasocongestão. Este aumento é variável e costuma ser lento, tornando-se mais rápida quando estimulado directamente.
Durante o processo de excitação alem do incremento do seu diâmetro, o clitoris pode sofrer alongamento do seu corpo. Esse alongamento foi possivel observar em 10% dos casos de ciclos orgásmicos.
Quando a excitação está no auge (durante a fase platô) o clitoris retrai-se através de um fenómeno miotônico. Ao se contraírem, os músculos isquiocavernosos provocam retracção das raízes do clítoris, de modo a que o seu corpo fica para trás e a glande desaparece sob protecção do prepúcio.
Cinco a dez segundos após o orgasmo o clítoris volta à sua posição normal enquanto a tumescência desaparece lentamente...
O foco primário da resposta sexual é o corpo do clitóris, não a glande. Isso elimina a preocupação que muitos homens que se detêm ao estimulo da glande, procurando-a incansavelmente.
Quando uma mulher atinge um alto nível de excitação há uma retracção do clitoris e os mais inexperientes ficam sem saber o que aconteceu.Deixando de estimular a mulher no momento em que ela mais necessita desse estimulo.
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