18 de agosto de 2009

O CAMINHO DO PRAZER



A partir de 1954 o médico Willian h. Masters e a psicóloga Virginia e. Johnson começaram a trabalhar juntos num rigoroso programa de observação do clitóris, um pequeno órgão que se localiza acima do orifício da uretra da mulher. Os resultados foram publicados no livro "Human sexual response", entre outras obras. Neste livro, masters e Johnson abordam a complexa anatomia e fisiologia do clitóris e fizeram algumas considerações clínicas.


Anatomia

em termos gerais, o clitóris é formado por dois corpos cavernosos e uma glande, envoltos em uma densa membrana fibrosa que contém fibras elásticas e musculares lisas. O clitóris, assim como o pênis, tem um ligamento superior. Nele, inserem-se dois músculos pequenos, os isquiocavernosos.
A irrigação arterial do clitóris segue a mesma distribuição da do pênis, apesar da vascularização clitoriana ocorrer em vasos de menor calibre.

Tamanho

Um estudo dos pesquisadores Dickinson e Pierson, publicado no "Journal of American Medical Association", assegura que existem que existam variações notáveis na longitude do clitóris entre as mulheres.


Estimulação sexual

A primeira resposta pélvica à excitação é a lubrificação vaginal. Este material aparece nas paredes da vagina de dez a trinta segundos depois de qualquer estimulação sexual. A reação do clitóris, porém, não se produz tão rapidamente. A rapidez da resposta clitoriana vai depender se o estímulo for directo ou indirecto.
Considera-se direta a manipulação do próprio clitóris. Ao mesmo tempo, existem muitas manipulações indirectas, como o toque em outras zonas erógenas, a proximidade da penetração etc.


Fases do ciclo de resposta sexual

A resposta clitoriana à estimulação sexual é a tumescência (sinônimo de intumescer: inchar, aumentar de volume, crescer, enfatuar-se). Normalmente os tecidos que cobrem a pele do clitóris, quando não foram estimulados, se movem com facilidade sobre a glande, assim como o pênis não-ereto. Quando ocorre a excitação sexual, porém, a glande do clitóris aumenta de tamanho, de maneira que aqueles tecidos fiquem rígidos e se produza uma reação vasocongestiva.
A tumescência da glande do clitóris já foi confundida com a erecção peniana (do pênis) e chamada, erroneamente, de "ereção do clitóris". Até hoje, o estado total de ereção do clitóris só foi observado nos casos em que há hipertrofia do clitóris, mesmo em estado de repouso. Em geral, quanto menor o clitóris mais difícil é observar a tumescência. Apesar disso, alguns clitóris muito pequenos já mostraram aumentos considerados significativos e outros clitóris maiores não apresentaram tumescência tão grande.

- fase de platô
A reação fisiológica mais significativa do clitóris ocorre na fase de platô do ciclo sexual. O clitóris se retrai em sua totalidade e as estruturas anatômicas que adquirem maior importância nesta resposta fisiológica são os ligamentos suspensórios.
A glande e o corpo do clitóris retraem-se até a sua borda anterior. A glande, que em estado de repouso se projeta para fora, se retrai para ficar protegida pela pele. No estado pré-orgasmo, a longitude do clitóris já se reduziu em 50%.
A retração do clitóris que se produz nessa fase é reversível. Se, durante um alto grau de excitação sexual, a estimulação é reduzida ou falha, o clitóris retorna ao estado de repouso. Se a estimulação reaparece, a retração volta a acontecer.


- fase do orgasmo
não há nenhuma reação específica do clitóris nesta fase.


- fase de resolução
o retorno à posição normal de repouso ocorre de cinco a dez segundos depois do orgasmo. O relaxamento do clitóris ocorre num intervalo de tempo semelhante ao levado pelo pênis para voltar ao estado de repouso após a ejaculação.


Orgasmo clitoriano e vaginal
Há várias descrições na literatura de tipos diferentes de orgasmo. Haveria o orgasmo clitoriano e o vaginal. O próprio Freud chegou a fazer essa distinção no livro novas conferências introdutórias à psicanálise.
Do ponto de vista anatômico, porém, não há nenhuma diferença nas respostas pelvianas à estimulação sexual, qualquer que seja a área estimulada ou o tipo de estimulação feita.
A estimulação direta resulta de uma excitação manual ou mecânica do corpo cavernoso ou da glande do clitóris. A indireta se caracteriza por estímulos em outras zonas erógenas, como os seios. Além disso, o corpo do clitóris pode ser estimulado de forma indireta durante o coito.
Masters e Johnson chegaram à conclusão de que existem grandes variações na duração e na intensidade do orgasmo, dependendo da pessoa. Entretanto, quando uma mulher experimenta uma resposta orgásmica, a vagina e o clitóris reagem com um modelo fisiológico coerente. Por isso, o orgasmo clitoriano e o vaginal não são fenômenos biológicos separados.

Texto a partir de reportagem do Planetavida; retirado da reprodução do mesmo no site www.benditazine.com.br

Um comentário:

Vontade de disse...

Descobertas deliciosas... já ia uma boa lambidela, ia.

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